As negociações entre a Federação Nacional da Educação e o Ministério da Educação sobre a avaliação dos professores avançaram, mas mantém-se a divergência sobre a existência de quotas para as melhores classificações.
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"Houve acolhimento de algumas das nossas propostas, mas não houve de outras, particularmente aquelas que dizem respeito às quotas e vagas", afirmou o secretário-geral da FNE, que sublinhou a importância destas matérias para os professores.
João Dias da Silva revelou os avanços nas negociações, depois de uma reunião com o secretário de Estado do Ensino e da Administração Escolar, João Casanova de Almeida, em Lisboa.
De acordo com o dirigente da FNE, o ministério assumiu que os professores contratados serão avaliados no final de um período de 180 dias de trabalho, resultante da "acumulação de vários contratos".
Os sindicatos da FNE também receberam a garantia de que todo o tempo de serviço será contabilizado e que o professor avaliador externo será do mesmo grupo de recrutamento do docente avaliado e com formação especializada.
"O ministério assumiu aquilo que para nós era fundamental: o avaliador deve pertencer ao mesmo escalão ou superior do avaliado", acrescentando ainda que os critérios para os avaliadores internos devem obedecer às mesmas regras.
João Dias da Silva afirmou que, apesar de haver questões relevantes em que se mantém a distância de posições entre as partes, houve aprofundamentos nas "formulações que visam uma efectiva simplificação do processo de avaliação de desempenho".
"Se chegamos a acordo ou não, é uma questão que está ainda em aberto. O mais importante é trabalhar para encontrar boas soluções", referiu.
A FNE comprometeu-se a entregar ao Governo, até sexta-feira, uma análise do documento que recebeu, esta segunda-feira, no Palácio das Laranjeiras.
A Federação vai também lançar uma consulta online aos professores a partir de quarta-feira, até 6 de Setembro, além das reuniões previstas nas escolas.