O governo francês revelou que o jornalista desaparecido no sul da Colômbia durante um confronto entre as forças governamentais e os guerrilheiros das FARC foi raptado.
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"O jornalista foi feito prisioneiro" durante o confronto com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), disse o Ministro das Relações Exteriores, Alain Juppé, citado pelo seu gabinete de imprensa, revelou a agência noticiosa Associated Press (AP).
Romeo Langlois, jornalista freelancer de 35 anos, estava a acompanhar as tropas governamentais numa missão antidroga no sábado, quando desapareceu.
Um porta-voz do ministro francês, Romain Nadal, não adiantou à AP mais detalhes sobre quem sequestrou o jornalista ou sobre se os raptores estavam em contacto com as autoridades francesas ou colombianas.
De acordo com a agência EFE, o governo colombiano evitou confirmar o sequestro anunciado em Paris, considerando que o jornalista está desaparecido na sequência dos combates entre os militares e as FARC.
O ministro da Defesa, Juan Carlos Pinzón, disse em conferência de imprensa que as FARC "se têm o jornalista, devem respeitar a sua vida", diz a EFE.
Contudo, o governante sublinhou que pretender "resolver qualquer especulação sobre os factos e esclarecer o que se passou".
Referindo-se a testemunhos dos combatentes, a EFE revela que o jornalista recebeu um disparo no braço esquerdo e, "seguramente" tomou a decisão de retirar o colete e capacete militares, sair de onde estavam os guerrilheiros e anunciar que era um civil.
Romeo Langlois tem anos de experiência profissional na região, reside na Colômbia e encontrava-se em serviço para a televisão France 24, refere a AP, dizendo que as chamadas feitas para o telemóvel do jornalista não foram atendidas.
Três soldados e um polícia foram mortos no combate de sábado, e seis militares foram feridos no combate com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), durante a operação contra o narcotráfico que destruiu cinco laboratórios de processamento de cocaína, disse o Ministério da Defesa citado pela AP.
Fundadas em 1964 as FARC são o último movimento revoltoso da América Latina, em grande parte financiadas pelo tráfico de cocaína, acreditando-se que atualmente tenha oito mil resistentes.