O ministro da Saúde, Paulo Macedo, recusou, esta quinta-feira, estar a esconder os efeitos da crise na saúde, lembrando que "as situações existem" e reiterando que pediu à Organização Mundial de Saúde estudos sobre esse impacto.
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"As situações existem, não são minimamente escondidas", afirmou aos jornalistas, em Lisboa, assinalando que "a crise tem consequências negativas na saúde", nomeadamente na saúde mental.
O ministro reiterou, a este propósito, o pedido feito à Organização Mundial de Saúde (OMS) e à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) para avaliarem o impacto da crise na saúde em Portugal.
O Relatório de Primavera do Observatório Português dos Sistemas de Saúde, divulgado esta segunda-feira, criticou "o silêncio e a negação" da tutela, e das autoridades europeias, face "aos evidentes" efeitos negativos da crise, apontando a falta de estudos que os avaliem, assim como de medidas que os minimizem.
Numa breve declaração à imprensa, à margem do I Conselho Interministerial para os Problemas da Droga, das Toxicodependências e do Uso Nocivo do Álcool, o ministro da Saúde enalteceu, não obstante a contenção orçamental, que o setor da saúde teve "um conjunto de fundos, sem paralelo, nos últimos três anos".
Reconheceu, no entanto, que "é preciso investir mais em recursos humanos, em infraestruturas" e na prevenção de comportamentos nocivos para a saúde.