<p>O secretário de Estado Adjunto e da Saúde anunciou hoje, perante cerca de 3000 profissionais de medicina dentária, que o orçamento do Ministério da Saúde para 2011 prevê 31 milhões de euros para cheques-dentista.</p>
Corpo do artigo
Esse valor representa um aumento superior a 50 por cento em relação aos 14 milhões de euros destinados a essa medida no início de 2010 e, para Manuel Pizarro, esse é um aspecto positivo em ano de cortes orçamentais, representando uma evolução significativa em termos de acesso à medicina oral.
"Esta é uma batalha que parece estar ganha", declarou o secretário de Estado. "Todos na nossa sociedade percebem agora que a saúde oral é inalienável da saúde global", salientou.
Para Manuel Pizarro, a parceria entre Estado, profissionais e empresas no âmbito do Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral revelou-se "feliz e inteligente" e, embora motivando uma "transformação que ainda está em curso", beneficiou já 90 mil grávidas e idosos, assim como meio milhão de jovens e crianças.
"Todos acreditam que, por mais críticas e insuficiências que se possam apontar [ao sistema], este programa vai fazer a diferença", defende o secretário de Estado. "Vai demorar tempo a ser visível, mas vai fazer a diferença", acrescentou.
O bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas, Orlando Monteiro da Silva, declarou à Lusa que, "num contexto de corte no Serviço Nacional de Saúde, é importante manterem-se os valores [para atribuição de cheques-dentista] e esses até serem aumentados".
Monteiro da Silva considera que "não podia ser de outra maneira, face às expectativas que estão criadas na população", mas admite: "Ainda bem que se investe nesta área. Fico contente e é, sem dúvida, um aspecto positivo".
Para o bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas, organismo que até sábado reúne em Santa Maria da Feira, no seu 19.º congresso, cerca de 3000 profissionais da especialidade, resta agora saber "se a execução do orçamento vai de encontro aos números que foram apresentados pelo secretário de Estado".