Há cada vez mais jovens entre os 15 e os 17 anos nas instituições de acolhimento
O número de jovens entre os 15 e os 17 anos em instituições de acolhimento tem vindo a aumentar, ao contrário do que acontece nas restantes faixas etárias, revela um relatório do Instituto de Segurança Social.
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O relatório de Caracterização Anual da Situação de Acolhimento das Crianças e Jovens CASA 2013, entregue esta quarta-feira na Assembleia da República, revela um ligeiro decréscimo do número global de crianças e jovens acolhidas (menos 112), uma tendência frequente nos últimos anos, exceto na faixa etária dos 15 aos 17 anos.
Em 2013 estavam em instituições de acolhimento 8.445 crianças e jovens, 2.839 com idades entre os 15 e os 17 anos, mais 95 em relação ao ano anterior, mais 136 em relação a 2011 e mais 233 em relação a 2010.
Segundo o relatório, tem-se assistido, nos últimos anos, à alteração do perfil das crianças e jovens que entram no sistema de acolhimento.
A grande maioria dos acolhimentos diz respeito a adolescentes e jovens entre os 12 e os 20 anos, com um peso 67,4% (5.688), seguindo-se as crianças com idades compreendidas entre os 0 e os 11 anos, com um peso de 32,6% (2.757), em que a representação dos 0 aos 5 anos é de 13,1% e, dos 6 aos 9 anos, de 19,6%.
Por outro lado, revela o documento, o número de crianças e jovens com problemas de comportamento aumentou cerca de 13% em relação ao ano de 2012, decorrente da entrada em acolhimento de mais adolescentes e jovens e de crianças entre os 6 e os 9 anos.
Os problemas de comportamento de tipo ligeiro são claramente dominantes (em 1.414 crianças e jovens, com maior prevalência nos jovens com idades compreendidas entre os 15 e 17 anos).
Os comportamentos de tipo médio foram detetados em 454 jovens e do tipo grave em 63 jovens.