Historiador diz que doações podem impedir alienação da Maternidade Alfredo da Costa
Um historiador afirmou, esta terça-feira, que as doações que foram realizadas para a construção da Maternidade Alfredo da Costa podem impedir que esta venha a ser alienada para outro fim.
Corpo do artigo
Numa conferência de imprensa, o investigador e historiador José Quintanilha Mantas revelou alguns dos resultados de uma investigação que o ocupou nos últimos cinco meses e que aponta para a alegada impossibilidade de a Maternidade Alfredo da Costa (MAC) ser outra coisa além de uma maternidade.
Segundo disse, após a construção da MAC ter sido decidida para os terrenos atuais, que foram doados, embora com vista à construção de um templo, existiram várias doações monetárias e de material.
Algumas destas doações, argumentou José Quintanilha Mantas, pressupõem que a sua utilização seja para a maternidade, que veio a ter o nome do médico que mais defendeu uma unidade desta natureza: Alfredo da Costa.
O historiador, que não apresentou documentos, mas garante que já consultou os registos de algumas doações, e aguarda ainda outras, disse que já foram localizados herdeiros de alguns dos doadores.
"Pode haver reclamação do que foi doado", disse José Quintanilha Mantas, que aproveitou o evento para defender os cerca de 700 postos de trabalho que "estão em risco", se o governo concretizar o anunciado fecho da MAC até ao final do ano.
José Quintanilha Mantas lembrou que o valor patrimonial da MAC -- que tem um terreno de 6.500 metros quadrados - é de 19 milhões de euros, a valores de 2008.