Perto de quatro centenas de farmácias foram fiscalizadas pelo Infarmed no que respeita aos medicamentos manipulados em farmácia. Mas não foi divulgado o número de processos instaurados na sequência das infracções.
O Infarmed realizou 399 inspecções em farmácias de oficina e hospitalar no primeiro semestre do ano. A Autoridade Nacional do Medicamento quis apurar se as farmácias cumprem as normas estabelecidas no que respeita à preparação e dispensa de medicamentos manipulados em farmácia de oficina ou nos serviços farmacêuticos hospitalares segundo receita médica que especifica o doente a quem o medicamento se destina. As normas aprovadas incidem sobre oito vertentes essenciais: pessoal, instalações e equipamentos, documentação, matérias-primas, materiais de embalagem, manipulação, controlo de qualidade e rotulagem.
Apesar de não divulgar o número de processos instaurados na sequência das fiscalizações, o Infarmed refere que as principais decorrem de "ficha de preparação de manipulados incompleta" e "falta de verificação do boletim de análise das matérias-primas".
A falta de calibração das balanças de precisão com a periodicidade recomendada de um ano, a falta de controlo de temperatura e humidade na zona de laboratório e a rotulagem incompleta do manipulado foram outras infracções detectadas pelo Infarmed.
Segundo o Infarmed, tem-se verificado "uma melhoria contínua no cumprimento da legislação em vigor sobre esta matéria, a qual não será alheia a uma abordagem pedagógica das equipas inspectivas, bem como a adopção de procedimentos por parte das farmácias".
Actualmente, são poucos os medicamentos que se produzem nos hospitais. As preparações que se fazem destinam-se a doentes individuais (fórmulas pediátricas por exemplo), reembalagem de doses unitárias sólidas, preparações assépticas, preparações estéreis ou citotóxicas individualizadas. Mas mantém-se a exigência de produzir preparações farmacêuticas seguras e eficazes.
