A introdução do ensino do inglês no currículo do 1.º ciclo, a partir de 2015-2016, será feita de forma gradual, com recurso a um projeto-piloto, esclareceu, esta terça-feira, o ministro da Educação, Nuno Crato, à saída do Parlamento.
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"O que nos preocupa é que este lançamento seja bem feito. Para isso são necessários programas, metas, professores preparados, vai ser necessário criar um novo grupo de recrutamento e tudo isso vai demorar tempo", declarou o ministro aos jornalistas, no final da audiência na Comissão Parlamentar de Educação, Ciência e Cultura.
O ministro explicou ainda que, na sequência da recomendação do Conselho Nacional de Educação, que apoiava a introdução do ensino do inglês no currículo do 1.º ciclo de escolaridade a partir do 3.º ano, foi criado pelo Ministério da Educação e Ciência (MEC) um grupo de trabalho com o objetivo de tornar a disciplina obrigatória, e "sequencial, durante sete anos".
"Esse é o nosso grande objetivo. Vai ser necessário recursos, que alguns professores sejam requalificados, tirem alguns cursos complementares para se qualificarem para esse ensino. Um novo grupo de recrutamento implica um novo mestrado", enumerou o ministro, a propósito das medidas que ainda têm de ser tomadas antes que a disciplina possa ser generalizada ao 1.º ciclo.
"Não temos condições para garantir que em 2015-2016 seja possível garantir o inglês obrigatório", declarou Nuno Crato.
Questionado sobre o facto de o projeto-piloto ter como consequência alunos com diferentes níveis de inglês à entrada para o 2.º ciclo (5.º ano de escolaridade), o ministro explicou que haverá uma seleção de escolas que permitam uma continuidade aos que já trazem bases de inglês do 1.º ciclo.