Os líderes mundiais presentes na conferência sobre o clima, em Copenhaga, retomaram hoje os trabalhos para um projecto de tratado, no último dia do encontro da ONU sobre alterações climáticas.
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Quando restam apenas algumas horas aos cerca de 120 líderes mundiais presentes em Copenhaga para chegar a um consenso sobre as bases de um novo tratado sobre o clima, as negociações estarão a enfrentar graves problemas.
Hoje, dia em que o presidente norte-americano, Barack Obama e outros dirigentes falam na capital dinamarquesa, o ministro do Ambiente sueco, Andreas Carlgren, afirmou que não foi ainda apresentado um acordo aos dirigentes devido a uma permanente discórdia entre países desenvolvidos e em vias de desenvolvimento.
O ministro sueco, cujo país detém a presidência da União Europeia (UE) até ao fim do ano, afirmou que "cabe agora aos dirigentes mundiais chegar a um acordo" em Copenhaga.
Durante a madrugada, um grupo restrito de cerca de 30 responsáveis tentou chegar a um acordo político, que serviria de introdução aos textos de acordo propriamente dito, negociados sob a égide da ONU.
Este grupo de conselheiros, que fez uma pausa às 03:00 locais (02:00 em Lisboa), é composto por um painel representativo dos países industrializados (Estados Unidos e vários países europeus), os grandes Estados emergentes (China, Índia, Brasil) e países em desenvolvimento (Bangladesh, Lesoto, Argélia, entre outros).
Barack Obama já chegou a Copenhaga para participar na cimeira que constitui a fase final da Conferência de Copenhaga, iniciada a 07 de Dezembro.
O objectivo é chegar a um acordo que deverá entrar em vigor antes de expirar o Protocolo de Quioto, em Janeiro de 2013, para travar de forma vinculativa as emissões de dióxido de carbono.