A Direção-Geral de Saúde atualizou, esta terça-feira à tarde, os dados sobre a infeção da legionela e contabiliza 278 casos reportados, o que representa um aumento de 45 doentes em relação a segunda-feira.
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Segundo a atualização da situação às 15 horas desta terça-feira, existem 278 doentes confirmados pela Direção-Geral de Saúde (DGS). Segundo um comunicado da DGS, o surto parece estar "circunscrito às freguesias de Póvoa de Santa Iria, Forte da Casa e Vialonga", estando o organismo a tentar determinar a fonte de contaminação em colaboração com o Ministério da Saúde e do Ambiente, com a participação do Instituto Português do Mar e da Atmosfera.
Já antes, a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) tinha feito um balanço dos casos na região. Segundo os dados da ARSLVT, aumentou de 235 para 264 o número de casos de infeção por legionela referenciados. Dos dados fornecidos, esta terça-feira à tarde, pela ARSLVT conclui-se que apenas dois dos novos 29 casos são considerados graves, visto que aumentaram de 38 para 40 os pacientes internados nos cuidados intensivos.
"Deste total, 48 cidadãos foram acompanhados no Hospital de Vila Franca de Xira, 76 no Centro Hospitalar Lisboa Central, 73 no Centro Hospitalar Lisboa Norte e 67 distribuídos por diversos Hospitais da Região de Lisboa", lê-se no comunicado que a ARSLVT fez chegar às redações.
Numa altura em que começam a surgir queixas de vários doentes e familiares, que dizem passar horas sem serem atendidos nos hospitais, nomeadamente em Vila Franca de Xira, a ARSLVT assegura que o "Plano de Contingência Hospitalar, acionado prontamente na Região de Lisboa e Vale do Tejo, tem permitido uma resposta adequada e imediata a todos os casos" que vão surgindo.
"Procurou-se com a resposta dada permitir que todos os doentes tenham um nível de cuidados adequado à sua situação clínica, garantindo ainda que cada uma das Unidades Hospitalares mantém margem na sua capacidade de resposta, sem prejudicar o normal funcionamento das mesmas", diz a ARSLVT, deixando um elogio aos profissionais de saúde e aos hospitais.
"A elevada capacidade técnica demonstrada tem vindo a permitir que o acompanhamento dado a esta emergência de saúde pública esteja a ser eficaz e atempado", argumenta a ARSLVT.