O ministro da Saúde afirmou, este sábado, que o alargamento gratuito do transporte de doentes não urgentes a quem necessite de cuidados frequentes visa facilitar o acesso aos tratamentos das pessoas que estão um "pouco acima" da condição de insuficiência económica.
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"Nós estamos a trabalhar numa proposta no transporte de doentes não urgentes", que existe há mais de um ano e que, até agora, baseia a gratuitidade deste transporte na insuficiência económica e na prescrição médica, disse à agência Lusa Paulo Macedo, no final de uma visita à Casa da Saúde da Idanha, em Belas, para assinalar o Dia Mundial da Saúde.
Paulo Macedo adiantou que está agora a ser considerada "outra possibilidade de fornecimento de apoio de transporte de doentes não urgentes, através de 'valores simbólicos', aos doentes que tiverem prescrição médica para fazer um tratamento prolongado, designadamente os doentes oncológicos e insuficientes renais".
Esta medida irá beneficiar pessoas necessitadas, mas que não estão na "condição objetiva de insuficiência económica". Segundo o ministro, é uma forma de garantir que estes doentes "não ficam sem acesso ao tratamento".
"Há uma faixa de pessoas que está um pouco acima da insuficiência económica que também deve ter possibilidade de acesso ao transporte em condições mais favoráveis", justificou.
"O que estamos agora a estudar é se temos condições, em termos de orçamento, para levar isto à prática".
A medida já tinha sido anunciado ao semanário "Expresso" pelo secretário de Estado da Saúde, Manuel Teixeira, e foi considerada "justa" pelo Movimento de Utentes dos Serviços de Saúde.
Até agora, o transporte gratuito só era garantido aos doentes com critério clínico (como sofrer de um cancro) ou com um rendimento mensal inferior a 628,5 euros.