O número de escolas a organizar atividades extracurriculares, no 1.º ciclo, será maior este ano, havendo menos municípios, mas estas áreas continuam e os alunos podem ficar nos estabelecimentos até às 17.30 horas, garantiu o ministro da Educação esta segunda-feira.
Corpo do artigo
"Há municípios que não querem organizar as atividades extra curriculares e têm todo o direito de o fazer", disse Nuno Crato, falando aos jornalistas à margem do XXXI Encontro Juvenil de Ciência, que está a decorrer em Lisboa.
Nos casos em que as autarquias "não tiverem disponibilidade ou interesse em organizar as atividades extracurrilares, a escola assegurará que estas atividades sejam realizadas e que os pais possam ter, se o entenderem, os filhos na escola até às cinco e meia da tarde", assegurou o ministro.
"Este ano renegociamos com os municípios essas atividades da maneira que autarquias e escolas entendem e de acordo com as disponibilidades", acrescentou.
Nuno Crato salientou que "a novidade é que haverá mais escolas a assegurar diretamente essas atividades extra curriculares".
As atividades extracurriculares podem ser organizadas pelo Ministério da Educação e Ciência, pelas associações de pais, por outras entidades ou pelos municípios e, "nos últimos anos têm sido sobretudo os municípios, além do Ministério, a tomar a seu cargo essa organização, [agora] há uns que pretendem continuar outros não".
Nuno Crato explicou que tem sido uma reivindicação de algumas escolas serem elas a tomar essas atividades a seu cargo, situação que lhes permite "articular melhor o currículo e atividades complementares, acautelar melhor uma uniformidade de horários e utilizar os meios que estão à sua disposição", segundo Nuno Crato.
Quanto ao encontro em que participou e no decorrer do qual falou com vários jovens, o ministro disse ser fundamental que os mais novos se empenhem desde cedo pela ciência, sendo um exemplo para todos os outros estudantes.
"O país precisa de mais técnicos e mais cientistas, há espaço para eles e o próprio tecido empresarial começa a empregar mais técnicos e mais cientistas", tendência que tem de intensificar-se, defendeu.