Concentrados à porta da Escola Secundário D. Manuel I, em Beja, professores e dirigentes sindicais afetos à Fenprof, receberam com palmas e muitos sorrisos a notícia da não realização de exames nas Escolas Secundárias de Mértola e Aljustrel.
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Estes foram os primeiros sinais, cerca das 9.45 horas, daquilo que os sindicatos consideram como "uma adesão muito elevadíssima à greve apesar da realização de provas em várias escolas".
Em Beja, nas Secundárias Diogo de Gouveia (antigo Liceu) e na D.Manuel I (antiga Escola Industrial) os alunos realizaram as suas provas, já que as mesmas foram asseguradas por professores requisitados nos respetivos agrupamentos, pertencentes a outras áreas, como foi o caso do ensino especial.
Na Diogo de Gouveia, segundo foi possível apurar as oito salas recebem perto de 200 alunos, com dois professores em cada sala, num total de 300 que tem o agrupamento Nº1, a que pertence a escola.
Na D. Manuel I, funcionam nove salas, que receberam cerca de 160 alunos, também com dois professores a certificaram a realização das provas, num total de 200 docentes do agrupamento N.º2, onde está incluído este estabelecimento de ensino.
Nesta escola o secretariado de exames estaria a funcionar só com um dos vinte professores, sendo os exames assegurados por professores do ensino especial.
De saída da D. Manuel I, e sem querer identificar-se uma docente disse ao JN que fez greve "pela primeira vez" em 32 anos de ensino, justificando a sua atitude, com a "solidariedade para com os colegas", acrescentando em tom de revolta que existe da parte do ministro "uma atitude de arrogância e de injustiça", concluiu.
Maria da Fé, dirigente sindical, revelou ao JN que o primeiro balanço mostra "uma adesão muito importante, mas com a realização de exames em algumas escolas", realçando "a não realização de exames" em Mértola Aljustrel.
Em Beja, agentes da "Escola Segura" visitaram os dois estabelecimentos para "perceber" se tudo corria com "normalidade", e na verdade nada de anormal se passou até ao início das provas.
No distrito de Beja, em quatro dos 14 concelhos, Barrancos, Cuba, Vidigueira e Alvito, não existiam alunos inscritos para fazer exames.