O presidente da Confederação Nacional de Associações de Pais lamentou a descida de notas médias das provas de aferição de Matemática, considerando que são uma "traição" aos alunos, que não estão a ser avaliados pelo que aprendem.
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Em declarações à agência Lusa, Albino Almeida afirmou que a Confap já alertou para a sua "desconfiança" em relação ao modo como as provas são feitas e que, no seu entender, visa "avaliar o que as escolas não ensinam e o que os alunos não puderam aprender".
Salientando que o ministério "tem toda a legitimidade para aumentar a exigência até à excelência", Albino Almeida reiterou que é preciso "transparência" sobre o que as provas pretendem avaliar, porque se fala de "alunos que podem ficar retidos no próximo ano", quando as provas de aferição passarem a contar para a nota.
Albino Almeida culpou o Gabinete de Avaliação Educacional, a entidade responsável pela elaboração dos exames, por seguir "uma estratégia com a qual o Ministério da Educação está de acordo e que visa criar condições para que se diga que havia uma escola e uma educação antes do atual ministério e que agora é que as coisas vão entrar nos eixos".
"Proceder como se tem feito nos últimos dois anos é uma traição aos alunos e às escolas", considerou.