Um velho ditado angolano diz que quem beber da água do (rio) Bengo ficará para sempre ligado a África. "Eu se calhar bebi demasiada porque agora custa-me ver estas imagens na televisão. É uma saudade muito forte que aperta cá dentro", confessa-nos uma voz turva de nostalgia.
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Lito Martin viveu os seus primeiros 30 anos em Malanje, a província que amiúde surge na novela. Está em Portugal desde 1975. Tem acompanhado a novela "A única mulher", da TVI, cuja ação se desenrola parcialmente em Angola. No Cacém, onde reside, senta-se no sofá em frente ao televisor e a cadência da pulsação estremece no seu tambor. "É difícil estar aqui a olhar para aquelas imagens", reconhece. E confidencia que a dada altura a saudade é de tal forma violenta "que acabo por desligar e deixar de ver a telenovela". "Eu pensava", prossegue, "que depois de todos estes anos por cá a distância ia amortecendo essa nostalgia mas aquilo não é fácil de ver".
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