O cardeal-patriarca de Lisboa, José Policarpo, disse, este domingo, em Roma que o futuro Papa deve ter um papel fundamental na "reconstrução do rosto da Igreja".
Corpo do artigo
"O futuro Papa tem um papel que esperamos muito grande na reconstrução do rosto da Igreja", afirmou o cardeal português, numa homilia na Igreja de Santo António dos Portugueses, em Roma, citado pela SIC.
José Policarpo, que terá direito a voto na eleição do futuro líder da Igreja no Conclave que arranca terça-feira, afirmou também que a Igreja Católica deve ser "cada vez mais a casa da conversão e do perdão" e que o sucessor de Bento XVI deve ser "os braços abertos de um pai que acolhe".
Após a renúncia histórica de Bento XVI, anunciada a 11 de fevereiro e efetiva desde 28 de fevereiro, o conclave que vai eleger o novo chefe da Igreja Católica começa na terça-feira.
O conclave é uma reunião secreta dos cardeais de todo o mundo encarregados de eleger o papa. Desta vez, são 115 cardeais eleitores. Desde 1970, Paulo VI fixou em 80 anos a idade limite dos eleitores do papa.
O grupo de 115 cardeais com menos de 80 anos que deve marcar presença na Capela Sistina, após a renúncia apresentada por dois eleitores, está assim distribuído geograficamente: Europa - 60, América Latina - 19, América do Norte - 14, África -11, Ásia - 10 e Oceânia - 1.
O patriarca de Lisboa, José Policarpo, será o 32.º cardeal a votar no conclave, segundo a "ordem de precedência", disposição utilizada em procissões, votação e juramentos relacionados com o período de "Sé vacante", de acordo com a agência Ecclesia.
O cardeal Manuel Monteiro de Castro ocupa o 104.º lugar nesta lista. O outro cardeal português, José Saraiva Martins, prefeito emérito da Congregação para as Causas dos Santos, não participa no conclave por ter mais de 80 anos.