A Ordem dos Psicólogos aprova a co-adoção por parte de casais do mesmo sexo, invocando, com base em estudos científicos, que a orientação sexual não tem impacto no desenvolvimento da criança e nas competências dos pais.
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Num parecer, apresentado na quinta-feira ao grupo de trabalho parlamentar da co-adoção e publicado esta sexta-feira no portal da OP, a Ordem conclui que "os resultados das investigações psicológicas apoiam a possibilidade de co-adoção por parte de casais homossexuais, uma vez que não encontram diferenças relativamente ao impacto da orientação sexual no desenvolvimento da criança e nas competências parentais".
Segundo a OP, as evidências científicas "sugerem que decisões importantes sobre a vida de crianças e adolescentes (como a determinação da co-adoção) sejam tomadas não com base na orientação sexual dos pais, mas na qualidade das suas relações com os pais".
A Assembleia da República aprovou, na generalidade, a 17 de maio (com 99 votos a favor, 94 contra e nove abstenções), um projeto de lei do PS para que os homossexuais possam co-adotar os filhos adotivos ou biológicos da pessoa com quem estão casados ou com quem vivem em união de facto.
A Comissão Parlamentar de Assuntos Constitucionais decidiu a 5 de junho, por consenso, criar um grupo de trabalho para discutir, na especialidade, o projeto de lei socialista.
Nesse grupo de trabalho têm estado a ser ouvidos diferentes especialistas e entidades, representativos da sociedade civil.