Para ele, a cadeia não é tabu. Trabalha ali há mais de 40 anos, porque "os presos têm direito a ter assistência espiritual e religiosa". João Gonçalves, de Aveiro não é apenas "o padre das prisões". É muito mais que isso.
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Quer que a sociedade fale mais dos presos. Quer que os estabelecimentos prisionais sejam "humanizados" e que as pessoas não olhem para eles só como edifícios. E foi por isso que o padre João Gonçalves, de 70 anos, natural da Gafanha do Carmo, Ílhavo, aceitou ser protagonista de um documentário sobre o papel da Igreja nas cadeias. Inês e Daniela Leitão apaixonaram-se pelo tema (ver caixa) e realizaram "O Padre das Prisões", um documentário que está hoje disponível online, na data em que se celebra o Dia Mundial da Justiça Social.
Entrou pela primeira vez numa prisão há mais de 40 anos e até hoje já visitou milhares de reclusos, numa média de 100 por mês. Ele, que não dispensa um abraço ou um aperto de mão a cada um dos prisioneiros que o procura. "Começou por uma curiosidade e passou a um gosto. Os presos precisavam de conversar e de dialogar. Comecei voluntariamente e nunca mais parei", conta o padre João, que coordena a Pastoral Penitenciária em Portugal.
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