A Parque Escolar, responsável pelo programa de modernização da rede pública de escolas, "está no limite do incumprimento", uma vez que ainda não executou os pagamentos de dezembro, afirmou o presidente da Federação Portuguesa da Indústria da Construção e Obras Públicas.
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"Neste momento, a Parque Escolar está no limite do incumprimento", afirmou o presidente da Federação Portuguesa da Indústria da Construção e Obras Públicas (FEPICOP), Ricardo Pedrosa Gomes, durante uma audição na comissão parlamentar de Economia e Obras Públicas, requerida pelo PCP.
O responsável disse que a Parque Escolar já realizou os pagamentos do mês de novembro, mas ainda não executou os pagamentos de dezembro.
Ricardo Pedrosa Gomes disse que a empresa paga a 60 dias e um atraso superior a 90 dias é considerado incumprimento.
As obras na esfera da Parque Escolar são, a par das concessões rodoviárias, os projetos de obras públicas que estão em curso.
Caso o programa de modernização das escolas não tenha continuidade durante o segundo semestre, altura em que, segundo a FEPICOP, terminam as obras das concessões rodoviárias, o setor pode perder mais 60 mil trabalhadores.
Além do presidente da FEPICOP, foram também ouvidos hoje na comissão parlamentar de Economia e Obras Públicas o presidente da Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN), Reis Campos, e dois dirigentes da Federação Portuguesa dos Sindicatos da Construção, Cerâmica e Vidro (FEVICCOM), Sérgio Graça e Nuno Gonçalves.
Os representantes das três entidades ouvidas hoje pelos deputados alertaram para as dificuldades que o setor da construção enfrenta atualmente, nomeadamente o aumento do número de desempregados e de insolvências.