O ministro da Educação, Nuno Crato, afirmou esta segunda-feira que o Júri Nacional de Exames decidirá caso a caso, "em função das ocorrências reais", sobre as alegadas irregularidades denunciadas nos exames nacionais.
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De acordo com o ministro, será dada possibilidade de repetir o exame aos alunos que tenham sido prejudicados por perturbações nas escolas a que sejam alheios.
Nuno Crato reafirmou que não lhe restou outra solução, senão manter os exames para hoje por não ter recebido garantias sindicais de não haver mais greves durante o período de exames.
Os sindicatos afirmaram que não marcariam mais greves aos exames, mas permanece marcada uma greve às avaliações.
"Até ao último momento procurámos outra solução. Não nos restou outra que não esta", disse Nuno Crato aos jornalistas no Ministério da Educação e Ciência, quando questionado sobre um eventual arrependimento de não ter marcado o exame para outro dia, conforme sugerido pelo colégio arbitral.
A época de exames do Ensino Secundário iniciou-se hoje com o grande exame de Português, para o qual se inscreveram quase 75 mil alunos.
Para esta tarde, está marcado o exame de Latim.
O ministro classificou de lamentáveis as perturbações ocorridas em diversas escolas.
Os professores cumprem hoje uma greve, em protesto pela aplicação à classe docente do regime de mobilidade especial e o aumento do horário de trabalho das 35 para as 40 horas semanais.
Os sindicatos temem que a mobilidade especial leve docentes dos quadros e contratados ao desemprego, contestando igualmente a mobilidade geográfica, pelas distâncias de casa a que podem ficar colocados.