As detenções ocorreram na província de Qinghai, no âmbito de "uma campanha nacional para eliminar" uma auto-denominada Igreja do Deus Poderoso, "um grupo pseudorreligioso que incitou dezenas de tumultos em várias regiões", disse o "Global Times".
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Nos dias 5 e 6 de dezembro, registaram-se "oito casos de propaganda ilegal, ajuntamentos e tumultos" em várias localidades, incluindo Xining e Golmud, as principais cidades de Qinghai, indicou o jornal, do grupo "Diário do Povo", o órgão oficial do Partido Comunista Chinês.
Segundo o "Global Times", membros "daquela seita" estão a propagar que na próxima sexta-feira, data do fim do mundo supostamente prevista pelo antigo calendário maia, o Sol não nascerá e nos três dias seguintes não haverá eletricidade.
Além de "lançar pânico e agitação na sociedade", a organizaçao incita os seguidores a "desafiarem o Partido Comunista e o governo", afirmou o diário, que cita um comunicado da polícia.
A auto-denominada Igreja do Deus Poderoso, descrita pelas autoridades como "uma seita demoníaca que é contra a ciência, a sociedade, a humanidade e o governo", foi fundada em 1990 na província de Henan, no centro da China.
O fundador, Zhao Weishan, terá já fugido para os Estados Unidos, mas a organização contará ainda com "mais de mil elementos chave" no interior da China, referiu o "Global Times".
Mais de 400 membros de uma "seita religiosa", acusada de "difundir boatos acerca do fim do mundo" e "advogar o confronto" com as autoridades, foram detidos no noroeste da China, anunciou a imprensa oficial chinesa.