Portugal ocupa, este ano, o 41.º lugar entre os 187 países avaliados no Relatório para o Desenvolvimento Humano das Nações Unidas, divulgado esta quarta-feira. Grécia e Hungria são países que os peritos da ONU consideram semelhantes a Portugal.
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Noruega, Austrália e Holanda ocupam os primeiros lugares na lista de países com maiores progressos na saúde, educação e rendimento, revela o índice de desenvolvimento humano (HDI, na sigla em inglês) de 2011, que coloca RDCongo, Níger e Burundi nas últimas posições.
ortugal integra o grupo das 47 nações consideradas mais desenvolvidas pela ONU. Quando comparado com o ano passado, Portugal desce de 40.º para 41.º, mas o número de países que integram a tabela aumento de 169 para 187, pelo que os especialistas da ONU consideram que mantém a posição no "ranking".
O documento apresenta a evolução ao longo dos últimos 30 anos, período no qual a esperança de vida à nascença em Portugal aumentou 8,2 anos, a escolaridade subiu em média 2,9 anos e o rendimento nacional bruto por pessoa cresceu 76%.
Portugal ao nível da Grécia e Hungria
Grécia e Hungria são países que os peritos da ONU consideram semelhantes a Portugal pelo número de habitantes e índice de desenvolvimento humano e que ocupam, respectivamente, o 29.º e o 38.º lugares.
Portugal apresenta uma esperança de vida para os nascidos este ano de 79,5 anos, ligeiramente inferior à Grécia (79,9), mas consideravelmente superior à Hungria (74,4).
A ordem mantém-se quanto ao rendimento nacional bruto - Grécia com 23747 dólares por pessoa em 2011, Portugal com 20573 e Hungria com 16581. A previsão para este ano aponta para o valor mais baixo registado em Portugal entre os últimos quatro referidos: em 2000 atingiu os 20662, cinco anos depois subiu para 20980, em 2010 baixou ligeiramente para 20928, tendência que manterá este ano, quando decrescerá para 20573.
Na escolarização, os húngaros surgem na liderança dos três países com 11,1 anos de escolaridade média por habitante, seguidos dos gregos (10,1) e, à distância, dos portugueses (7,7).
Portugal assume a dianteira entre os três países e situa-se em 19.º lugar quando são ponderados os critérios do índice de desigualdade de género avaliados em 149 países. A Grécia aparece no 24.º lugar e a Hungria em 39.º.
Entre os factores que contribuem para este índice, Portugal lidera na taxa de mulheres deputadas (27,4%), à frente da Grécia (17,3%) e da Hungria (9,1%), e na percentagem de mulheres com emprego (56,2%), destacado à frente da Grécia (49,2%) e da Hungria (42,5%).
A Grécia volta a liderar quando é avaliada a taxa de mortalidade materna (mulheres que morrem devido a complicações relacionadas com a gravidez ou no parto), com duas mães a morrerem por cada 100 mil crianças que nascem anualmente, seguida de Portugal (sete) e Hungria (13).
Onde Portugal volta a liderar é na taxa de mães adolescentes, que são 16,8 em cada mil crianças que nascem, seguido da Hungria (16,5) e da Grécia (11,6).