A Clínica dos Arcos, que realizou um terço das Interrupções da Gravidez em 2012, reduziu os preços cobrados ao Estado em 16% e o diretor-geral reconhece que o fim do protocolo com o SNS resultaria em despedimentos.
Corpo do artigo
"Nos moldes atuais teríamos dificuldades em sobreviver sem o protocolo - através do qual os hospitais públicos encaminham utentes para fazerem a IG, a custas do Serviço Nacional de Saúde (SNS) -, já que temos uma estrutura de pessoal adequada ao volume de atividades presente", disse Rafael Coca à agência Lusa.
O diretor-geral da espanhola Clínica dos Arcos, situada em Lisboa, não espera que o Estado português denuncie o acordo e enumera as medidas que este estabelecimento tem feito para "acompanhar as necessidades" dos tempos que se vivem.
"Desde 2007, quando abriu a clínica, apesar de poder atualizar os preços com base na taxa inflação, estes mantiveram-se até 2011, com a clínica a absorver o impacto da inflação acumulada, no total de 10,54 por cento. Sobre este esforço, em 2012 propusemos aos nossos clientes hospitalares uma redução de 16%", disse.
A consequência mais previsível do fim deste acordo seria, segundo Rafael Coca, a adequação dos recursos humanos. Para já, a empresa está inclusivamente a analisar a possibilidade de abrir mais uma clínica em Portugal.