A presença de jornalistas de órgãos de comunicação social externos à Associação Académica de Coimbra durante a Assembleia Magna, órgão deliberativo da instituição, foi posta em causa. Os jornalistas acabaram por ficar depois da sua presença ser votada no plenário, realizado durante a madrugada de terça-feira.
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Alguns minutos depois da reunião ter começado, o presidente da Mesa da assembleia, Pedro fialho, disse que havia sido informado da presença de elementos de um órgão de comunicação social "externo à Academia" e deu a entender que a jornalista em questão, do "Diário As Beiras", deveria sair da Cantina "dos Grelhados", onde decorre habitualmente a Assembleia Magna (AM).
Entretanto, um aluno alertou que se o representante daquele órgão de comunicação fosse retirado da reunião, todos os outros também teriam de ser. A continuidade dos jornalistas na AM acabou por ir a votação, numa situação de que não há memória no passado recente da instituição.
A larga maioria dos estudantes votou pela permanência dos repórteres, ao contrário da maior parte dos elementos da Direcção-Geral da Associação Académica de Coimbra (AAC), que votou contra a presença dos órgãos de comunicação na AM.
O episódio motivou já várias reacções de repulsa nas redes sociais, nomeadamente de jornalistas e de antigos dirigentes de vários órgãos e secções da AAC.
Entretanto, a AM aprovou a marcação das eleições para os órgãos sociais da AAC para os dias 28 e 29 de Novembro e a adesão à greve geral convocada pelas duas centrais sindicais para 24 deste mês.
Numa assembleia pouco participada, e depois da reprovação de várias propostas para a realização de manifestações, os estudantes disseram sim a uma moção de contestação perante o novo regulamento de atribuição de bolsas de estudo, apesar das muitas abstenções, bem como à entrega de propostas de alteração deste regulamento.