O PS anunciou esta terça-feira que vai apresentar um conjunto de propostas para concessão de apoios sociais às populações atingidas pelos incêndios em Tavira e São Brás de Alportel e para a reflorestação das áreas ardidas.
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As propostas para minorar os prejuízos resultantes dos recentes incêndios florestais, que devastaram uma extensa zona de terrenos nestes dois concelhos algarvios, foram transmitidas à agência Lusa pelo deputado socialista Miguel Freitas, eleito pelo círculo de Faro.
Miguel Freitas disse que os socialistas querem que haja apoios sociais às famílias vítimas dos incêndios, "particularmente aos pensionistas com pensões baixas e aos carenciados" - uma ajuda "paga numa única prestação".
"O PS vai propor o acionamento de uma conta de emergência que permitirá a reconstrução de habitações. Há um conjunto de primeiras habitações que foram afetadas, que necessitam de reconstrução. Existe uma conta de emergência junto da proteção civil que permite esse apoio", apontou Miguel Freitas.
O deputado socialista disse também que o PS pretende que seja adotada uma medida de recuperação do potencial produtivo, "numa zona muito sensível de floresta de cerca de 26 mil hectares e que precisa de ser reflorestada".
"Para que a reflorestação seja feita de forma inteligente é fundamental que haja um plano integrado. O Governo não deve apenas acionar mecanismos financeiros, importando também que possua um plano integrado de reflorestação, de forma a permitir o corte e recolha do material ardido e, por outro lado, a recuperação da infraestruturas, casos dos caminhos e dos pontos de água", sustentou o deputado do PS.
Miguel Freitas defendeu ainda que haja uma "estabilização ambiental" das áreas ardidas - já que os incêndios atingiram uma zona de grandes declives e onde há ribeiras com pouca água - e a criação de uma comissão interministerial para avançar com as respostas destinadas à recuperação desta área algarvia.
"Essa comissão deverá ser composta pelos ministérios da Solidariedade e da Segurança Social, da Agricultura e do Ambiente, das Finanças e da Administração Interna. Queremos que haja rapidez e eficácia na ação", apontou Miguel Freitas.