Foi por pouco que que os professores do agrupamento de escolas Afonso de Albuquerque não conseguiram atingir o pleno de greve aos exames nacionais.
Corpo do artigo
Dos 223 alunos inscritos para realizar a prova de português, só 54, distribuídos por 3 das 9 salas sinalizadas para o efeito, é que conseguiram efetivamente realizar o exame.
"Só foi possível mobilizar um elemento da direção do agrupamento e mais cinco professores para fazer vigilância", confirmou ao JN o diretor do estabelecimento de ensino António Soares. "Não imaginava que a greve assumisse estar proporções", confessou, sem saber se efetivamente a prova pode ser calendarizada de novo para a próxima quinta-feira. "Só espero que os alunos não venham a sair prejudicados", referiu ainda.
Desolada por ter podido realizar a prova estava Telma Chaves de 17 anos. "Acho que fui vítima de uma injustiça porque houve colegas que puderam fazer o exame", disse ao JN. "Esta manhã cheguei com uma réstia de esperança mas foi logo eliminada", acrescentou. Na mesma situação ficou Vanessa Parego que esta manhã se deslocou à escola para fazer melhoria de nota. " Estamos numa situação complicada por que este é um ano decisivo para chegar ao ensino superior", sublinhou a aluna.
A esmagadora maioria dos professores nem sequer apareceu na escola, mas ainda houve quem se concentrasse no exterior do edifício escolar para manifestar o seu repúdio contra as políticas do Ministério da Educação. "Agora defendo que continuemos com as greves às avaliações até que sejam garantidas condições de estabilidade na escola", atirou o professor José António Pereira.
No agrupamento de escolas da Sé, o cenário foi bastante diferente, dado que foram mobilizados os elementos da direção e todos os alunos distribuídos por nove salas puderam realizar os exames de português.
Nos restantes agrupamentos de escolas do distrito da Guarda e de acordo com os dados fornecidos pela Fenprof, a greve de professores foi total em Seia, Fornos de Algodres e Almeida.