Os portões das quatro escolas de Beja que recebem, esta terça-feira, as provas de dos professores estão fechados e os sindicalistas foram proibidos de entrar nos estabelecimentos para realizar reuniões ou mesmo conversar com os diretores dos estabelecimentos.
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Funcionários dos quatro estabelecimentos, munidos de listas nominais, só permitem a entrada dos professores cujos nomes constam das referidas listas.
No átrio de acesso à Escola Secundária D.Manuel I, os sindicalistas acompanhavam os professores e face ao impedimento de verem as portas franqueadas, "apresentaram queixa à PSP", cujos agentes se encontram no passeio fronteiro ao estabelecimento. A mesma situação verificou-se nas outras três escolas e o procedimento dos representantes sindicais foi o idêntico.
Mária da Fé, do Sindicato dos Professores da Zona Sul (SPZS), disse ao JN que os sindicalistas foram "impedidos de realizar reuniões com os professores e com a direção da escola", acrescentando que a mesma "recusou" vir à porta "ouvir as nossas razões", justificou. Segundo a sindicalista, "apresentámos queixa à policia", porque, diz a representante do SPZS, "estão a negar o direito à reunião", que "estava devidamente legitimada com pedido escrito", concluiu.
O JN assistiu na Escola D.Manuel I a uma senhora que pretendia aceder à secretaria para tratar de outro assunto distinto da avaliação dos professores e foi impedida pelo funcionário. Dirigiu-se à PSP que se encontra no local e foi-lhe dito que as ordens do Ministério da Educação "impediam o acesso a outras pessoas" que não aquelas que deveriam prestar provas.
Nas Escola D.Manuel I, Diogo de Gouveia e Santa Maria realizam-se provas em 3 salas e na Mário Beirão em 1 sala, não tendo o sindicato divulgado qual o número total de professores a realizar prova.