A campanha de recolha de produtos do Banco Alimentar registava, até às 18 horas de ontem, 2.167 toneladas, sensivelmente o mesmo que em novembro do ano passado (2.180). A expectativa de Isabel Jonet é que se atinjam as três mil toneladas de 2011.
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O balanço definitivo só será conhecido esta seguna-feira, depois de pesados os carregamentos que, à hora de fecho desta edição, afluíam aos armazéns dos 20 bancos alimentares (BA) espalhados pelo país. Em novembro passado, foram recolhidas 2.950 tonelada e, em maio, 2.644.
Com o agudizar da crise e a polémica em torno das afirmação da presidente da Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares sobre a não existência de miséria em Portugal, era grande a expectativa em relação aos resultados desta campanha .
Nos dois milhões de sacos plásticos distribuídos às portas dos supermercados foram entregues principalmente embalagens de leite, arroz, massas, açúcar, azeite, óleo e enlatados. Mas, não só. Há quem ofereça bens perecíveis, como hortaliças, ovos, pão, bolos e até frango. Estes alimentos começam já hoje a ser distribuídos por dez instituições de solidariedade, explicou Isabel Jonet.
A par dos resultados positivos a nível das doações, a responsável sublinha a participação recorde de voluntários. Cerca de 38.500 pessoas - incluindo algumas que o beneficiam do BA através de instituições apoiadas - colaboraram na recolha, tranporte e pesagem dos alimentos.
Depois de apurados os resultados finais, vai ser possível fazer outro tipo de análises, como por exemplo se houve mais ou menos pessoas a contribuir e se a quantidade de bens doados por pessoa diminuiu. Isabel Jonet admite que há a impressão de que houve mais portugueses a oferecer alimentos, ainda que em menor quantidade devido à crise