O secretário-geral do PS acusou, esta quarta-feira, na Nazaré, o Governo de "trapalhada nos exames" ao não adiar a data da prova de português e agora ter reconhecido o problema e antecipado a de matemática por causa da greve geral.
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"Se o Governo tivesse adiado os exames de dia 17 para dia 20, todos os alunos teriam feito as suas provas. Já aprendeu, e agora vai antecipar num dia a próxima data da realização dos exames", afirmou António José Seguro.
O líder do PS acusou ainda o Governo de "arrogância e de insensibilidade para perceber o que estava em causa, o que fez com que houvesse a trapalhada de levar uns alunos a fazer num dia e outros no próximo dia 2 de julho".
António José Seguro falava na Nazaré, durante a apresentação da candidatura de Walter Chicharro à câmara local nas próximas eleições autárquicas.
O Ministério da Educação e Ciência (MEC) decidiu hoje antecipar para 26 de junho as provas finais de matemática dos 6.º e 9.º anos, previstas para 27, dia de greve geral
"Tendo em vista o prejuízo que a Greve Geral marcada para esse dia poderia acarretar, as provas realizar-se-ão no dia 26 de junho, no mesmo horário em que se realizariam no dia 27", explicou o Ministério, em comunicado.
As centrais sindicais CGTP e UGT convocaram uma greve geral para 27 de junho, data para a qual estava prevista a primeira fase dos exames nacionais de Matemática para os alunos finalistas do 2.º e 3.º ciclos do ensino básico, ou seja, do 6.º e 9.º anos, respetivamente.
No comunicado enviado hoje, o MEC justifica a decisão tomada de antecipar a data dos exames, dizendo que é a que "mais protege os alunos, que poderiam ser prejudicados quer pela impossibilidade de chegarem a horas em função dos transportes, quer pela ausência de professores e funcionários".
O Ministério sublinha ainda que "a alteração de um calendário construído de forma extremamente precisa, como é o dos exames nacionais, acarreta sempre inconvenientes", que tudo fará para que sejam minimizados.