Sindicato exige que nova administração recue na "destruição" do serviço público
O Sindicato dos Jornalistas (SJ) exigiu esta sexta-feira que a nova administração da RTP recue "na destruição" do serviço público de rádio e televisão, no dia em que o atual Conselho de Administração da empresa se demitiu.
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O gabinete do ministro-adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, que tutela a comunicação social, informou hoje que o Conselho de Administração da RTP apresentou hoje o pedido de demissão ao Governo, o qual foi aceite.
O pedido de demissão surge depois do consultor do Governo para as privatizações, António Borges, ter anunciado que uma das propostas em cima da mesa era a concessão da RTP1 a privados e a possível extinção da RTP".
Reagindo à agência Lusa, o presidente do Sindicato dos Jornalistas (SJ), Alfredo Maia, disse que "não deixa de ser preocupante este incidente", desde logo "por ocorrer aparentemente após uma evidente pressão política com o objetivo da demissão da administração, pelos vistos como castigo por ter ousado dizer publicamente que discursava da concessão".
Esta semana, a administração liderada por Guilherme Costa, que foi reconduzido no cargo pelo ministro Miguel Relvas, manifestou-se contra a concessão da RTP a privados.
Alfredo Maia lembrou que, apesar desta posição, a administração da empresa "não deixou de colaborar no plano de desmantelamento da RTP e de privatização de um dos seus canais e preparava-se para despedir mais trabalhadores".
O SJ exige que a nova administração da RTP "recue nestes objetivos" e apela aos "gestores potencialmente nomeáveis para estes cargos que se recusem a colaborar no processo de destruição/enfranquecimento" do serviço público de rádio e televisão.
Fonte do gabinete do ministro Miguel Relvas referiu à agência Lusa que a nova administração da RTP será nomeada em breve, ficando a atual a assumir a gestão até o processo estar concluído.
A Comissão de Trabalhadores da RTP reclamou a demissão do ministro