O Sindicato dos Jornalistas repudiou esta quarta-feira o despedimento de 160 trabalhadores no grupo Controlinveste, detentor do "Jornal de Notícias", "Diário de Notícias", TSF e Jogo, e pede que sejam encontradas alternativas.
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Num comunicado intitulado "SJ repudia despedimento colectivo na Controlinveste", o sindicato dá conta de que se reuniu esta quarta-feira com a administração da empresa, após esta ter anunciado a decisão de despedir 140 pessoas (em despedimento coletivo) e mais 20 em rescisões por mútuo acordo, abrangendo um total de 64 jornalistas.
"O SJ manifestou a sua preocupação com os efeitos da medida, não só sobre os trabalhadores e as suas famílias mas também para a necessária garantia de prestação de serviço ao público na quantidade e com a qualidade que lhe são devidas, pelo que defende que é necessário encontrar alternativas", lê-se no comunicado de imprensa, em que o sindicato considera que os despedimentos não podem "ser a única solução das administrações para resolver as dificuldades económicas".
O sindicato considera que as redações do grupo "já estão demasiado exauridas e que um novo 'emagrecimento' forçado daqueles coletivos vai necessariamente implicar uma redução do serviço produzido, com reflexos na qualidade das publicações, que pode pôr em causa as suas vendas e a sua viabilidade".
Segundo o sindicato, das informações conhecidas, as saídas de trabalhadores comprometem a "capacidade operacional" do DN, do JN e da Global Imagens, "devido à erosão das suas redações descentralizadas e filiais". Já na TSF, refere, "a estrutura da edição em linha será profundamente afetada".
A direção do SJ termina o comunicado a anunciar que, no sentido de proteger os trabalhadores, serão convocados plenários e outras iniciativas e apela à mobilização. Diz ainda que vai participar "ativamente" no processo de informações aos associados e nas negociações com a empresa, que se vão seguir.