A Rússia espera produzir três vacinas contra o vírus do ébola nos próximos seis meses, disse a ministra da Saúde, Veronika Skvortsova, quando a epidemia já causou mais de 4 mil mortos, segundo a Organização Mundial de Saúde.
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"Criámos três vacinas (...) e pensamos que estarão prontas nos próximos seis meses", declarou a ministra russa à televisão, segundo a agência Ria Novosti.
"Uma já está pronta para um ensaio clínico", adiantou Veronika Skvortsova, precisando que uma das vacinas tinha sido criada a partir de uma estirpe do vírus inativa.
A epidemia da febre hemorrágica Ébola, com início na Guiné-Conacri no final de dezembro de 2013, causou até 8 de outubro 4033 mortos, segundo o último balanço da Organização Mundial de Saúde (OMS). No total, 8399 pessoas foram infetadas em sete países.
Enquanto crescem os medicamentos antivirais experimentais, a OMS deu conta de duas "vacinas promissoras": uma desenvolvida pela empresa britânica GlaxoSmithKline (GSK) e a outra desenvolvida por uma agência de saúde pública do Canadá, em Winnipeg, cuja licença de comercialização pertence à norte-americana NewLink Genetics.
Ensaios clínicos da vacina da GSK começaram recentemente no Mali, país africano vizinho da Guiné-Conacri.
A OMS espera os primeiros resultados dos ensaios das duas vacinas em novembro-dezembro e o início dos ensaios de fase 2 (permitindo avaliar a eficácia da vacina) nos países afetados em janeiro-fevereiro.
O vírus ébola, com uma taxa de mortalidade entre os 25 e os 90 por cento, transmite-se por contacto direto com o sangue, líquidos biológicos ou tecidos de pessoas ou animais infetados.
Não existe qualquer vacina homologada contra a doença, nem tratamento específico.