O ministro da Saúde anunciou, esta quarta-feira, que serão tomadas, brevemente, medidas para melhorar a liberdade de escolha dos utentes nas listas de espera, tanto nas consultas externas como nas cirurgias.
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"Queremos tomar medidas brevemente para permitir liberdade de escolha nas listas de espera, do SIGIC, nas consultas externas e nos meios complementares de diagnóstico", afirmou Paulo Macedo, na Comissão Parlamentar da Saúde.
O ministro alertou, contudo, para o risco de alguns hospitais de proximidade poderem ficar esvaziados de pessoas e de financiamento, o que implicará cuidados especiais.
"Gostaríamos de dar passos neste sentido, mas serão passos muito cuidadosos. Temos que ver como fica a situação dos hospitais de proximidade", para não ficarem sem pessoas e sem financiamento, disse.
Ministro rejeita falta de medicamentos
O ministro da Saúde revelou que os portugueses compram por mês mais de 20 milhões de embalagens de medicamentos e que em 2013 foram vendidas mais sete milhões do que no ano anterior, o que indiciará consumo em excesso.
Falando na comissão parlamentar de saúde sobre política do medicamento, Paulo Macedo afirmou que só quem tem interesses diz que não há medicamentos, já que 20 milhões de fármacos é quanto os portugueses compram por mês.
Paulo Macedo respondia assim a críticas da deputada socialista Luísa Salgueiro, que afirmou que serve de pouco os medicamentos estarem mais baratos se não estão disponíveis nas farmácias.
O ministro aproveitou para referir que em 2013 foram vendidos mais sete milhões de embalagens de medicamentos do que no ano anterior, quando já se tinha registado também um aumento.
"Isto é que não é normal e é preocupante em termos de saúde pública. Daqui a algum tempo, vamos estar aqui a discutir este problema de saúde pública que é o de as pessoas consumirem medicamentos a mais", afirmou, exemplificando com o caso dos antibióticos.