O Papa Francisco aceitou a demissão do bispo irlandês William Lee, que reconheceu, em 2010, não ter agido corretamente ao proteger um padre pedófilo.
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Num breve comunicado, o gabinete de imprensa do Vaticano indicou que William Lee, bispo da diocese de Waterford e Lismore, foi demitido ao abrigo do parágrafo dois do artigo 401 do código de direito canónico, relativo às revogações por falta grave.
De acordo com a imprensa britânica, os factos ocorreram na década de 1990 e o bispo Lee terá pedido desculpas em 2010.
Perante as queixas enviadas pelas vítimas, entretanto já adultas, o bispo terá transferido de posto o padre acusado e demorou dois anos a comunicar o caso à polícia.
A Igreja irlandesa foi abalada por um escândalo de abusos sexuais de padres e religiosos contra menores. Vários bispos e padres foram castigados e atualmente a instituição continua a ser confrontada com a divulgação de novos casos ocorridos, na sua maioria, nas décadas de 1970 e 1980.
As numerosas organizações da Igreja irlandesa, outrora muito poderosas, que se ocupavam de crianças (escolas, orfanatos, grupos de juventude) foram alvo de inquéritos da justiça irlandesa. E muitas vezes, alguns bispos tentaram ocultar os escândalos, o que o papa emérito Bento XVI já tinha condenado.