Os centros de astrofísica de Lisboa e Porto fundiram-se para dar origem ao Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço, o maior do género em Portugal.
A fusão, anunciada esta quarta-feira, existe, na prática, desde setembro do ano passado, altura em que o Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA) foi registado na Fundação para a Ciência e Tecnologia, para efeitos do processo de avaliação, atualmente em curso, com vista à obtenção de financiamento público para despesas dos próximos cinco anos.
José Afonso, membro da direção instaladora do novo instituto, explicou à Lusa que o IA junta as equipas do Centro de Astrofísica da Universidade do Porto e do Centro de Astronomia e Astrofísica da Universidade de Lisboa, que já trabalhavam em projetos comuns desde 2008.
O IA foi criado para "aumentar a capacidade de massa crítica" e de financiamento para projetos internacionais, numa área em que Portugal está "bem cotado", adiantou.
O Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço agrega 63 investigadores doutorados e é o maior no setor em Portugal, precisou José Afonso, que dirigiu o Centro de Astronomia e Astrofísica da Universidade de Lisboa e, por inerência, lidera a direção instaladora do IA, até à eleição da nova direção, prevista para novembro.
O IA está envolvido em projetos do Observatório Europeu do Sul, como a definição das câmaras do Telescópio Extremamente Grande, em construção, e que permitirá observar o Universo com mais detalhe.
A instituição participa igualmente em várias missões da agência espacial europeia ESA, como a CHEOPS, prevista para 2017, para estudar planetas extrassolares, e a EUCLID, com lançamento apontado para 2020, para compreender a estrutura do Universo.
O IA manterá pólos com equipas em Lisboa e no Porto.