
Milhares de pessoas, crianças incluídas, dependem atualmente da ajuda de instituições para se alimentarem. Nas grandes cidades, há muitos casos em que as refeições oferecidas são as únicas do dia.
A imagem de uma fila de sem-abrigo à porta da "Sopa dos Pobres" ou à espera de uma carrinha de distribuição alimentar na rua de uma grande cidade está ultrapassada. Com a crise e os altos níveis de desemprego, o fenómeno alargou-se a outros setores da sociedade. No Porto, em Lisboa, ou Setúbal, três grandes centros urbanos, o JN testemunhou que há cada vez mais famílias inteiras a comerem apenas o que mãos solidárias lhes fazem chegar. E cada vez mais crianças a integrar esta lista.
Muitos dos "novos pobres" não querem dar a cara. Entende-se. Até há pouco tempo, pertenciam à classe média. Pagavam empréstimo da casa, tinham filhos a estudar e comida não faltava. Bife ou salsicha enlatada, consoante as possibilidades de cada um, mas, pelo menos, uma refeição condigna.
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