A Apple prepara-se para lançar uma versão mais barata do iPhone 4. Com 8GB de capacidade, contra os 16 e 32 topo de gama, o novo smartphone da empresa norte-americana visa os mercados emergentes, particularmente a Oriente.
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A Grande China, que para a Apple significa China, Hong Kong e Taiwan, é o grande objectivo da empresa norte-americana. Steve Jobs está de olho nos mercados emergentes, mas é à custa do Império do Meio que quer fazer crescer ainda mais aquela que já é a empresa mais capitalizada do Mundo, à frente de gigantes do petróleo como a Exxon.
Uma versão de 8GB do iPhone está já em produção na Coreia do Sul, revela a agência de notícias Reuters. O aparelho deve chegar ao mercado até ao final do mês de Setembro, mais ao menos ao mesmo tempo do novo iPhone 5, antecipado em blogues redes sociais praticamente desde que saiu a versão 4.
Uma versão mais barata do iPhone acarreta o risco de canibalizar o topo de gama da Apple, mas a empresa de Steve Jobs precisa de de se expandir para o mercado de custo mais baixo para continuar a crescer. "Às vezes, a melhor defesa é o ataque", comentou Pat Becker, um analista do mercado.
A Nokia domina o mercado de telemóveis de baixo custo, enquanto a Apple revolucionou o mercado dos smartphones, com o lançamento do iPhone, em Junho de 2010, com duas versões, 16 e 32 GB, em preto. A versão branca apareceu em Abril de 2011.
Na primeira metade de 2001, a Apple duplicou a quota de mercado nos telemóveis, de 2,6 para 5,6%. A empresa norte-americana foi a única, entre os quatro grandes, a crescer. A Nokia caiu de 33.8 para 24.2%, enquanto a Samsung se ficou pelos 19,2%, contra os 19,4% anteriores. A LG caiu de 9.3 para 6.8%, segundo dados publicados de Julho.
"Uma versão do iPhone 4 a um preço mais baixo pode ser um mal necessário para o ciclo do iPhone, especialmente nos mercados emergentes, nos quais o rendimento das pessoas é mais baixo", comentou Channing Smith, director-adjunto de um fundo que gere acções da Apple, as mais cotados do Mundo.
Em Julho, Tim Cook, Chefe de Operações da Apple, já tinha sinalizado o caminho a seguir pela empresa norte-americana. "Acredito firmemente que apenas estamos a arranhar a superfície. Acredito que há uma oportunidade incrível na China", país que foi fundamental no aumento de 82% dos lucros da Apple, para 28,6 mil milhões de dólares, no segundo trimestre de 2011. Só na Ásia-Pacífico, que representa um quinto dos rendimentos da Apple, os lucros triplicaram, para 6,3 mil milhões de dólares.
Paralelamente, a Apple prepara o lançamento do iPhone 5, há muito antecipado nas redes sociais e blogues. Segundo a Reuters, o aparelho, que pode ser denominado iPhone 4S, por ser muito similar ao actual, terá um ecrã táctil maior, melhor antena e uma câmara de 8 megapíxel.
Entre o iPhone 4 e o 5, ou 4S, a Apple planeia rebentar com o mercado. Segundo a Reuters, só para o novo topo de gama, os fabricantes, Hon Hai Precision Industries e Pegatron, receberam instruções para fabricar 45 milhões de aparelhos, mais do dobro dos 20 milhões de aparelhos venmdidos, superando as expectativas, que apontavam para 17 a 18 milhões de unidades.