O responsável de programação do portal Megaupload, o holandês Bram van der Kolk, foi colocado em liberdade condicional, esta quinta-feira, na Nova Zelândia, enquanto aguarda a decisão sobre a sua eventual extradição para os EUA.
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Van der Kolk, de 29 anos, accionista do Megaupload, é requerido pela justiça norte-americana por alegada pirataria informática, crime organizado e branqueamento de capitais, a par do fundador do portal, Kim Schmitz, e outros cinco executivos da empresa.
O holandês abandonou hoje a sede do tribunal do distrito de North Shore, nos arredores de Auckland, acompanhado da mulher depois de lhe ter sido concedida a liberdade condicional com a condição de que não acederá à Internet nem contactará pessoas alegadamente envolvidas no caso que se encontrem fora da Nova Zelândia, informaram os órgãos de comunicação locais.
Van der Kolk e o alemão Finn Batato, de 38 anos, responsável técnico do portal, obtiveram a liberdade condicional no final de Janeiro, mas tiveram de permanecer detidos até agora para que fosse verificada a idoneidade dos seus locais de residência propostos.
Batato vai permanecer detido, pelo menos, mais uma noite porque a mulher de Schmitz, Mona, não apresentou autorização escrita para que aquele resida na sua mansão por se encontrar numa consulta médica quando as autoridades foram comprovar a sua morada.
O co-fundador do Megaupload, Mathias Ortmann, de 40 anos, vai hoje a tribunal saber se terá ou não direito à liberdade condicional.
Os três foram detidos em Auckland a 20 de Janeiro com o fundador do portal, conhecido como Kim Dotcom, a pedido dos EUA no âmbito de uma operação policial internacional contra a pirataria informática, que incluiu o encerramento do portal na Internet e outras detenções na Europa.
As autoridades americanas consideram que o Megaupload causou mais de 500 milhões de dólares (377 milhões de euros) de perdas na indústria do cinema e da música ao violar os direitos de autor das empresas e conseguiu com isso benefícios de 175 milhões de dólares (132 milhões de euros).
A justiça de Auckland ordenou a detenção do fundador do portal até ao dia 22, quando se iniciar o processo relativo à sua extradição para os EUA.
Caso a extradição seja aprovada, Dotcom e os três executivos do Megaupload serão julgados nos EUA, nomeadamente por alegado crime organizado, branqueamento de capitais e violação da lei de direitos de propriedade intelectual.
