O fundador e presidente do Facebook, Mark Zuckerberg, admitiu que a sua conta pessoal também foi alvo de roubo de dados.
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Zuckerberg está, pelo segundo dia, a prestar declarações no Capitólio dos EUA, a propósito do escândalo Cambridge Analytica, empresa acusada de usar indevidamente dados de utilizadores do Facebook para ajudar na vitória de Trump.
A ser ouvido pela comissão de Comércio e de Energia da Câmara dos Representantes (câmara baixa do Congresso) depois de, na terça-feira, ter falado para o Senado, Mark Zuckerberg afirmou um direto "sim", quando questionado se também tinha sido vítima do "saque" de dados, "Também a minha informação pessoal foi vendida a entidades insidiosas", acrescentou.
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O Facebook está no centro de uma polémica internacional associada com a empresa Cambridge Analytica, acusada de ter recuperado dados de milhões de utilizadores daquela rede social, sem o seu consentimento, para elaborar um programa informático destinado a influenciar o voto dos eleitores, nomeadamente nas eleições que ditaram a nomeação de Donald Trump para a Casa Branca e no referendo sobre o 'Brexit' (processo de saída do Reino Unido da União Europeia).
Inicialmente foi avançado que o número de utilizadores afetado rondava os 50 milhões. Dias mais tarde, o Facebook admitiu que o número ascendia aos 87 milhões de utilizadores.
Na véspera do início destas audições no Congresso norte-americano, as agências internacionais citaram um texto no qual Mark Zuckerberg assume que foi um "erro pessoal" ao não ter feito o suficiente para combater os abusos que afetaram a rede social, lançada em 2004.