Depois de atrizes, modelos e cantoras terem visto as suas fotografias íntimas, em poses eróticas e despidas, a circularem pela internet, um grupo de piratas informáticos acedeu e divulgou imagens semelhantes mas de pessoas anónimas. Serão pelo menos 100 mil as "vítimas".
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Mais uma vez, à semelhança do que aconteceu com várias personalidades públicas, a partilha das imagens foi feita pelo fórum de discussão online 4Chan, muito conhecido pelos internautas, na quinta-feira à noite. Serão pelo menos, 100 mil fotografias e, segundo a BBC, os piratas informáticos ameaçam divulgar mais.
As imagens terão origem na Snapchat, uma aplicação de partilha de fotografias e vídeos para smartphones e que já foi alvo de fuga de dados antes, nomeadamente em janeiro, quando foram pirateados cerca de 4,6 milhões de números de telefone e nomes de utilizadores dos Estados Unidos.
A norte-americana "Business Insider" fala numa "base de dados gigantesca" de fotografias e vídeos partilhados na Snapchat "durante anos". Serão 13 Gb de ficheiros que os utilizadores pensavam ter sido eliminados.
Segundo dados de agosto, a Snapchat tem mais de 30 milhões de utilizadores, que partilham 700 milhões de fotografias e vídeos por dia. Metade dos utilizadores são adolescentes, entre os 13 e 17 anos, pelo que, a divulgação das imagens online pode constituir, além da violação da privacidade, um crime de pornografia infantil pelo conteúdo, muitas vezes explícito, das fotografias partilhadas nesta aplicação, salienta o "El Mundo".
A empresa assegura que os seus servidores não foram alvo de "hackers" e remete a origem da fuga para outras aplicações, uma vez que, as fotografias e vídeos partilhados na aplicação oficial são eliminados após a sua visualização. "Os utilizadores foram vítimas do uso de uma outra aplicação para envio e receção de Snaps, uma prática que é expressamente proibida nos nossos Termos de Utilização porque comprometem a segurança dos nossos utilizadores", afirmou a Snapchat.
Um utilizador anónimo, citado pela "Business Insider", revelou que o alvo do ataque terá sido o site SnapSaved.com, um serviço online que permitia guardar as fotografias e vídeos partilhados através do Snapchat mas que "desapareceu há vários meses".