Funcionalidade do Facebook acaba mas vendedores podem continuar a fazer diretos
Deixou de estar disponível a partir deste sábado a funcionalidade de compras em direto no Facebook. Isto significa que os vendedores vão deixar de poder identificar produtos nas transmissões ao vivo e de remeter o público para as páginas do negócio.
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As vendas em direto nas redes sociais popularizaram-se durante a pandemia de covid-19 e foram a tábua de salvação para muitos lojistas que viram a sua faturação multiplicar. Por isso, não é de estranhar que o anúncio, no início de agosto, de que as vendas no Facebook iriam acabar tenha caído que nem uma bomba e deixado os vendedores em alvoroço.
No entanto, tudo não passou de um mal-entendido. Isto porque, ao contrário daquilo que foi noticiado erroneamente, as vendas através dos diretos vão continuar. A única diferença é que as listas de reprodução de produtos, assim como a identificação dos mesmos, vão deixar de ser uma opção nas transmissões ao vivo. Como explicou em comunicado a Meta (detentora do Facebook), vai deixar de ser possível organizar "qualquer evento novo ou agendado de compras em direto no Facebook". Mas as pessoas vão poder continuar a usar o "Facebook Live" para transmitir eventos em direto, nomeadamente para promover os seus produtos.
A Meta justifica a mudança com o facto de os "comportamentos de visualização dos consumidores" estarem a mudar para vídeos de curta duração. Por isso, a empresa aconselha os utilizadores que tenham lojas online a utilizar outras ferramentas como os "reels" (vídeos de curta duração). "Se quiseres alcançar e interagir com as pessoas através de vídeos, experimenta o "reels" e os anúncios do "reels" no Facebook e no Instagram. Também podes identificar produtos no "reels" no Instagram", explicou a empresa.
Contactada pelo JN sobre o assunto, a agência responsável pela comunicação da Meta em Portugal remeteu eventuais esclarecimentos para o comunicado publicado há dois meses no centro de negócio de ajuda para negócios da Meta. Este verão, deu que falar o momento em que o presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, invadiu de surpresa um direto quando duas mulheres vendiam roupa numa loja de vestuário e calçado no Porto. Também em abril, um casal foi detido pela PSP, em Mirandela, quando efetuava uma transmissão para Facebook.