O fundador do portal Megaupload, Kim Schmitz, que os EUA querem julgar por alegada pirataria informática, foi autorizado, esta segunda-feira, por um tribunal da Nova Zelândia, onde se encontra em liberdade condicional, a aceder à Internet.
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Kim Schmitz, também conhecido como "Dotcom", também foi autorizado a deslocar-se duas vezes por semana, e por um máximo de quatro horas, a um estúdio de gravação para gravar um álbum de música e a utilizar durante uma hora e meia a piscina da mansão que alugou nas imediações de Auckland, de acordo com a cadeia de televisão neozelandesa TVNZ.
O advogado de "Dotcom" explicou que o informático alemão integra um projeto musical com "músicos internacionais reconhecidos", tendo escrito as letras de algumas músicas e sido convidado para participar em alguns dos temas.
O fundador do Megaupload estava até agora impedido de aceder à Internet, no âmbito das condições impostas pelas autoridades neo-zelandesas na sequência da sua detenção em janeiro.
As autoridades da Nova Zelândia também autorizaram os outros três executivos do Megaupload em liberdade condicional, designadamente Bram van der Kolk, Finn Batato e Mathias Ortman, a visitarem "Dotcom" por um máximo de seis horas.
Schmitz está em liberdade condicional a aguardar o processo de extradição para os Estados Unidos, agendado para agosto.
Os EUA querem julgar sete executivos do Megaupload, entre eles "Dotcom", por alegada pirataria informática, crime organizado e branqueamento de capitais.
As autoridades norte-americanas acusam o portal de ter causado danos à propriedade intelectual de mais de 500 milhões de dólares (374 milhões de euros) e de ter conseguido de forma ilícita receitas de mais de 175 milhões de dólares (131 milhões de euros).