O fundador do portal Megaupload, Kim Dotcom, acusado de pirataria informática, pediu hoje à justiça neozelandesa para ter acesso a mais 16570 dólares (12937 euros) mensais das suas contas congeladas para poder pagar aos empregados, informou a imprensa local.
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Kim e a esposa, Mona, pais de cinco filhos, solicitaram, esta quarta-feira, ao tribunal de Auckland um maior acesso aos seus fundos congelados, um pedido que a ser aprovado irá duplicar a verba mensal, indica o New Zealand Herald na sua edição eletrónica.
O advogado de Mona Dotcom, Aaron Lloyd, disse que o casal necessita do dinheiro para pagar o serviço doméstico, que inclui empregados de limpeza, amas, mordomos e cozinheiros, além de outros 16.326 dólares (12.746 euros) que já recebe há meses para os seus gastos diários.
Lloyd indicou que existe uma conta com mais de um milhão de dólares, anunciando que o casal Dotcom obteve nas últimas 48 horas 296.317 dólares (231.569 euros) pela venda dos seus carros de luxo, refere o National Business Review.
A advogada Anne Toohey, que representa a polícia, defendeu, em declarações citadas pela agência noticiosa espanhola Efe, que "não é correto" que os Dotcom recebam tanto dinheiro para financiar um estilo de vida incrivelmente extravagante", manifestando a sua preocupação relativamente aos planos do informático de criar um novo negócio - o novo portal Mega - e de adquirir uma mansão.
Em abril, a justiça neozelandesa autorizou Kim Dotcom a aceder a parte dos fundos confiscados para cobrir as suas despesas diárias e da sua família e para pagar a sua defesa e alguns dos seus bens, como os carros.
Inicialmente, Dotcom teve permissão para retirar das suas contas 16.326 dólares (12.746 euros), o que deixou a porta aberta para que o casal continuasse a pedir mais dinheiro.
Dotcom encontra-se em liberdade condicional na Nova Zelândia a aguardar julgamento, em março, para saber se será ou não extraditado para os Estados Unidos, onde é acusado de pirataria informática e de outros delitos.
Os EUA acusam o Megaupload de ter causado à indústria do cinema e da música mais de 500 milhões de dólares (387 milhões de euros) em perdas ao alegadamente violar os direitos de autor e conseguir com isso receitas de 175 milhões de dólares (135 milhões de euros).