O Google disse, esta quarta-feira, que quer desenvolver inteligência artificial nas mil línguas mais faladas do mundo.
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Os dados são cruciais para os avanços na inteligência artificial e o Google e os seus grandes rivais de tecnologia querem explorar informações para ajudar a melhorar o desempenho dos produtos e estar mais disponíveis para um público mais amplo.
"Imagine um novo utilizador da internet em África que fale wolof a usar o telemóvel para perguntar onde fica a farmácia mais próxima", disse Johan Schalkwyk, investigador do Google. "Nós damos como garantidas" essas situações, continuou, acrescentando que os idiomas "não estão disponíveis para todos no mundo".
De acordo com Schalkwyk, existem mais de sete mil idiomas em todo o mundo. No entanto, o Google oferece apenas traduções para pouco mais de 130. A gigante dos mecanismos de busca pretende ampliar essa oferta substancialmente e quer extrair dados em novos idiomas não só de textos disponíveis na internet, mas também de vídeos, imagens e áudios.
À medida que avança no projeto, que deve demorar vários anos, o Google planeia integrar os seus avanços nos seus produtos, incluindo YouTube e Google Tradutor.
A Meta, dona do Facebook, anunciou no início deste ano um plano semelhante chamado "No Language Left Behind", projetado para criar sistemas de tradução para cobrir centenas de idiomas do mundo.