"Há muita gente que compra smartphones, mas que depois não lhes dá o uso que devia", lembrou Pedro Tróia, diretor da revista PC Guia, em entrevista ao JN.
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1.Como vê esta prevalência dos smartphones no mercado português ?
Há aqui dois fenómenos interessantes. Um é que se está a substituir os mais simples por telefones com mais capacidades, apesar da maioria das pessoas não passar das chamadas e dos SMS. Há muita gente que compra smartphones, mas que depois não lhes dá o uso que devia. O outro é que estão a aparecer muitas marcas que oferecem as mesmas funcionalidades que as grandes mas que são muito abaixo do preço. As marcas grandes tentam contra-atacar com versões simplificadas. É por aí que está a crescer. Não tanto pelos telefones das grandes marcas. Depois há também as ofertas dos operadores.
2.Quem de facto tira partido dos equipamentos, usa-os para quê?
Para aceder às redes sociais, mais ao Facebook, e para jogos. São os grandes motores. E há um fenómeno, que eu vejo, é empírico, mas o mercado do fitness também está a pegar muito nos smartphones. Agora na IFA (exposição de tecnologia mais importante da Europa), a decorrer em Berlim, toda a gente está a apresentar dispositivos que trabalham em conjunto com o smartphone para ajudarem programas de fitness.
3.Qual vai ser o futuro deste telefones?
Têm muito pouco por onde crescer. O conceito está lá, a tecnologia, podemos fazer mais rápido, com ecrã maior ou menor. Daí a mudança para os aparelhos complementares como os relógios inteligentes. Agora a tendência é a dos ecrãs serem progressivamente maiores. Os phablets, telefones com ecrãs grandes. Eu diria que daqui a três, quatro, anos, o mercado dos tablets vai reajustar-se a uma realidade diferente.