O resultado da primeira parceria entre a Nokia e a Microsoft chega esta quinta-feira a Portugal. Os telemóveis Nokia Lumia 800 e 710, construídos pela Nokia e com sistema operativo Windows Phone, querem morder os calcanhares da Google e da Apple no mercado dos smartphones.
Corpo do artigo
A guerra pelo domínio mundial nas vendas de dispositivos móveis e dos sistemas operativos que os controlam está para durar e a Nokia, antes uma empresa líder nesta área, quer recuperar a reputação perdida para a Samsung, a Apple e a Google.
A Nokia e a Microsoft, que também quer a sua fatia deste mercado, decidaram em 2011 ir aos respectivos paióis e juntar o melhor das suas artilharias: a empresa finlandesa fez o hardware e a norte-americana desenhou o software.
Os Nokia Lumia 800 e 710 são o primeiro resultado dessa junção de esforços. Lançados em Outubro do ano passado, só agora chegam a Portugal e vão estar disponíveis nos três operadores móveis.
Trabalham com o sistema operativo Windows Phone 7.5 Mango e fazem gala das suas características sociais, aliás uma das apostas da Microsoft. O sistema operativo, para além de permitir uma fácil integração com o Facebook, o Twitter e o Linkedin, possibilita, aliás como os telemóveis da Apple e os com software Android, da Google, integram aplicações para Gmail, Yahoo Mail, Hotmail ou Outlook. Outras das características atraentes são a possibilidade de leitura e edição de ficheiros Word e Excel, e a aplicação nativa de Messenger.
O Lumia 800 é o topo de gama, e vem com uma câmara de 8MP com lentes Carl Zeiss,capaz de captar vídeo HD, tem 16 GB de memória interna e tem um ecrã táctil AMOLED de 3,7 polegadas e um processador de 1,4 GHz.
O Lumia 710 tem o mesmo ecrã e processador, mas a câmara é de 5MP e a memória interna fica-se pelos 8 GB. Os preços recomendados, se comprados em venda livre, são de 549,90 euros para o 800 e 339,90 euros para o 710.
Nokia e Blackberry em queda
A Nokia tem-se debatido com grandes dificuldades para levantar as vendas. Segundo a Reuters, apesar das críticas positivas, os Lumia não têm conseguido alavancar a recuperação, embora a empresa tenha dito já que é preciso dar tempo para a parceria dar frutos. A RIM, que produz os Blackberry, atravessa também uma forte crise de vendas, que levou a uma queda, em 2011, de 77% do valor das suas acções.