A Guarda Nacional Republicana decidiu apresentar uma queixa-crime contra uma mulher por uma publicação feita no Facebook. GNR acredita que mensagem é falsa e "atentatória do bom nome dos militares envolvidos e da própria instituição".
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A autora da publicação, que tem sido partilhada por milhares de portugueses nos últimos dias, garante que foi multada por estacionar num local de cargas e descargas na Fuseta, em Olhão, momentos antes da viatura da GNR estacionar no mesmo local.
Num desabafo, a mulher fotografou o carro de patrulha e publicou na sua conta do Facebook de forma pública, fazendo alguns comentários lesivos. Segundo a mulher, os agentes estacionaram no local indevidamente e entraram numa pastelaria para "tomar o pequeno-almoço".
"São uns corruptos. É só corrupção", diz, acrescentando que os militares não dão o exemplo e andam a "passear" e multar "quem trabalha o mês todo para poder viver".
https://www.facebook.com/GuardaNacionalRepublicana/posts/782764191821302
A GNR emitiu, esta segunda-feira, um comunicado como resposta através da sua página no Facebook, onde refuta as acusações, justificando o ato dos agentes e assegurando que irá mover um processo por difamação contra a autora da publicação. A GNR esclarece que "os militares estavam, de facto, no interior da pastelaria", mas "a tentar identificar o condutor de uma viatura pesada que parqueou num local reservado a pessoas portadoras de deficiência". "A Guarda Nacional Republicana não se revê na informação divulgada, pelo facto do seu conteúdo ser falso", garante.
Em declarações ao "Diário de Notícias", o major Marco Cruz, da Divisão de Comunicação e Relações Públicas do Comando Geral da GNR, justifica a entrega do conteúdo da publicação "para efeitos criminais" por se tratar "de um comentário lesivo para os militares que estiveram envolvidos, mas também para a instituição". "Os apelidos que são utilizados traduzem um comprometimento daquilo que são os valores e os princípios institucionais da Guarda", remata.