
Sem dinheiro para óculos "especiais"? Não há problema: tem sempre os Google Cardboard
Não é preciso óculos especiais para experimentar a tecnologia 360 mas, quem quiser usufruir em pleno, tem muitas opções no mercado para todos os bolsos. O mesmo se aplica às "apps": existem mais de 300 para download.
Hoje em dia, qualquer um pode ir até ao Facebook ou Youtube e ver vídeos a 360º graus, mas ainda se associa muito esta tecnologia aos óculos próprios, que permitem que o utilizador mergulhe verdadeiramente na experiência.
Dentro desse paradigma, existem diversas opções, desde os famosos Oculus Rift, apoiados pelo Facebook, até aos Google Cardboard, que não passam de uns "óculos" de cartão para colocar smartphones, passando pelos Samsung Gear VR (lançados em 2014) e pelo mais recente VR One, da Zeiss. Mas o que os diferencia?
Oculus Rift
Ainda sem data certa para chegar ao mercado português, pensa-se que os Oculus Rift, desenvolvidos por uma empresa que foi comprada por 1400 milhões de euros pelo Facebook, deverão custar cerca de 200 euros. São, porventura, o mais conhecido esforço na gama de óculos de realidade virtual, mas foram, no entretanto, ultrapassados pelos novos "players" do mercado, que chegaram primeiro ao consumidor final.
VR One
O VR One da Carl ZEISS é o primeiro equipamento de realidade virtual desenvolvido por um fabricante de lentes oftálmicas", diz Carlos Ramada, CEO da Carl ZEISS Portugal.
São as primeiras lentes de VR com design ótico: funcionam para qualquer pessoas, dado o design prever diferentes distâncias entre os olhos e o nariz, além de poder ser usado com óculos. Com preço recomendado de 160 euros, estão à venda desde o início do mês em diversas lojas de ótica. A aposta da marca é precisamente ligar o equipamento à investigação oftálmica, pelo menos num primeiro momento.
O VR One adapta-se (com gavetas diferentes, escolhidas na altura da encomenda) a iPhone 6, LG G3, Nexus 5 e Samsung Galaxy S4, S5, e S6, para os quais existem cerca de 300 aplicações disponíveis entre o Google Play (android) e o iTunes (IOS).
Google Cardboard
A experiência Cardboard é uma espécie de "óculos de realidade virtual para pobres", pois não passam de um mecanismo de cartão que se adapta a diversos tamanhos de smartphone. O preço varia consoante o local onde é comprado, mas um kit "Dodocase", por exemplo, pode ser adquirido por uns meros quinze euros (ou até menos).
Apps para todos os públicos
O certo é que, com ou sem óculos, existem diversas aplicações no mercado que permitem experienciar este tipo de realidade virtual: são cerca de 300 aplicações disponíveis entre o Google Play (Android) e o iTunes (IOS).
Entre os mais famosas estão apps como Roller Coaster VR (disponível para Android e iOS), que permite ao utilizador experimentar andar de montanha russa sem sair do sítio (nem arriscar a pele), ou a "app" VRSE, pejada de filmes 3D filmados em 360º que funcionam como pequenas experiências. São criados e curados por Chris Milk, especialista em storytelling em realidade virtual e estão todos disponíveis gratuitamente.
O Google Street View também já está disponível em versão "VR" e a empresa disponibilizou, recentemente, diversos vídeos de concertos, peças de teatro e outros exemplos de arte performativa em 360º, para explorar no seu Google Cultural Institute, num computador ou num smartphone.
Entre jogos, vídeos e experiências exploratórias, há muito por onde escolher... Basta escrever "VR" na barra de pesquisa das lojas virtuais da Google ou da Apple e selecionar o que mais convier.
