
Maria João Gala / Global Imagens
Há tascas, museus, jardins e até espaços para correr. O Facebook apresentou um guia do Porto, com escolhas de 22 comunidades que se formaram na rede social e que se dedicam a mostrar o que de melhor a cidade tem. A apresentação decorreu, esta terça-feira, no edifício da Alfândega do Porto.
Depois de Lisboa, o Guia das Comunidades chegou ao Porto. São recomendações de 22 comunidades que nasceram no Facebook e que se desenvolveram em páginas e grupos dedicados a cada tema específico. "As comunidades do Porto são muito vibrantes e quando apresentamos o projeto ficaram muito entusiasmadas. Uma das condições necessárias é a de uma comunidade ativa e o Porto tem isso", explicou, ao JN, Lola Banos, responsável pela comunicação do Facebook no mercado ibérico.
E as sugestões dos locais vão além dos petiscos ou dos melhores museus na cidade. As fotografias deste guia, disponível de forma gratuita na Internet e desenhado por José Cardoso, são da autoria de Ricardo Castelo. Dois nomes conhecidos no Porto. "Com este guia pretendemos mostrar uma visão diferente da cidade. O Porto visto pelos olhos de quem vive na cidade. Visto por estas comunidades", justifica Lola Banos.
Este projeto, apoiado pela rede social de Mark Zuckerberg, está presente em mais 12 locais, como Copenhaga, na Dinamarca, Istambul, na Turquia, ou Oslo, na Noruega. "É surpreendente a quantidade de comunidades que existem e se organizam no Facebook. O nosso trabalho é fornecer as ferramentas e as tecnologias para que os utilizadores partilhem os seus interesses", sublinha a responsável.
Do tradicional ao mais trendy: Um Porto de duas caras
O guia, também disponível em papel nos Postos de Turismo, conta com oito capítulos, divididos em duas distintas partes. Na primeira, são apresentados os espaços tradicionais, dedicados à gastronomia, cultura, história e comércio. Na segunda parte, destaca-se o Porto Trendy, com uma visão mais cosmopolita do que se come na cidade, a cultura contemporânea, a vida saudável e as tribos urbanas.
Clóvis Alves é um dos nomes por trás do grupo "A Francesinha", uma comunidade no Facebook, criada em 2011, e que tem uma tarefa nada fácil e muito controversa: debater qual a melhor francesinha da cidade. "No nosso grupo temos contactos diariamente com mais estrangeiros do que com portugueses", descreve. "Além de ser uma boa ferramenta para mostrar o que se faz aos locais, é uma excelente oportunidade para expandir a francesinha a nível internacional", aponta.
E, numa cidade com tradição histórica em pratos cheios de carne, como as Tripas, e que serve peixe fresco pescado mesmo ali ao lado, começam a surgir novos espaços dedicados a quem não come produtos de origem animal.
A alimentação Vegan "deixou de ser uma mera tendência e veio para ficar", diz Sara Martins, que apresentou o "Veganhood". "Há cada vez mais pessoas interessadas neste tipo de alimentação e a indústria vai atrás desse interesse. É assim que nasceram todos estes espaços. O consumidor tem o poder de mudar o que quiser na indústria e no comércio", atira.
