
Oumuamua, captado pelo Observatorio Europeu do Sul/M. Kornmesser
REUTERS
Há um objeto não identificado no espaço que tem dado dores de cabeça à comunidade científica internacional, que ainda não conseguiu categorizá-lo. Uma nova investigação concluiu que este corpo estelar não tem uma origem artificial e descartou a possibilidade de ser uma nave alienígena.
O Oumuamua entrou no sistema solar no ano passado e tem despertado curiosidade no seio da comunidade cientifica, que não consegue chegar a um consenso quanto à origem do objeto, que tem a forma de um charuto, cerca de 800 metros de comprimento e um tom avermelhado. Um novo estudo sobre o corpo celeste, cujos resultados foram esta semana publicados na revista científica especializada "Nature Astronomy", descarta uma eventual origem extraterrestre.
Segundo os cientistas, o Primeiro Mensageiro Estelar é fruto de uma série de processos naturais. Não será uma nave alienígena, uma vez que é composto por uma matéria natural, ainda por identificar.
"A hipótese da nave espacial alienígena é uma ideia divertida, mas a nossa análise sugere que há toda uma série de fenómenos naturais que poderiam explicá-la", esclareceu em comunicado Matthew Knight, da Universidade de Maryland e co-autor da investigação. "A nossa descoberta-chave é que as propriedades de Oumuamua são consistentes com uma origem natural", adiantou o especialista.
"A explicação mais prática para o Oumuamua é que se trate de um planetesimal, um bloco de construção planetário (ou um fragmento do mesmo) formado num sistema estelar distante", acrescentou, adiantando que se deverá assemelhar a um cometa.
O Oumuamua foi detetado pela primeira vez por um telescópio da Universidade do Havai a 14 de outubro de 2017. O objeto esteve sob o olhar atento dos astrónomos até 2 de janeiro de 2018, altura em que ficou muito fraco para ser detetado, mesmo recorrendo aos telescópios mais potentes. Da última vez que foi localizado, estava a passar por Saturno e a sair do sistema solar.
